Cada vez mais popular, UX Design (User Experience Design) tem ganho o coração das empresas que começaram a entender a importância de se investir em melhores experiências de uso. Além de observar o impacto na forma com que as pessoas percebem a marca e atingir os objetivos do negócio.
Se pesquisarmos por aí, podemos encontrar inúmeras definições para o termo, mas que em resumo significa:
"Projetar tudo aquilo que afeta a interação do usuário com o produto final".
Ou seja, os olhares não estão voltados somente para o "Início" ou "fim" de alguma atividade, mas também e principalmente para o "durante".
Uma experiência bem sucedida pode ser vista como aquela na qual o usuário se sente no controle (peça chave) de cada etapa até o final. A sensação de que aquilo foi feito "pra ele" e "por ele" faz com que essa experiência fique gravada em sua memória (e coração). Mas lembre-se, uma experiência negativa também funciona da mesma forma...
Em um projeto centrado no usuário devemos focar nas necessidades, desejos, e limitações dos usuários durante todo o processo. Ele pode englobar as seguintes etapas:
Identificar e levantar requisitos (O que? Quando? Onde? Porque? Quem? Como?)
Criar soluções alternativas
Construir protótipos testáveis
Avaliar com usuários (O que você está pensando? Porque isso te confunde? O que você faria em seguida?)

Os elementos do Design da Experiência do Usuário, vão desde reuniões, workshops, entrevistas (vistos como elementos abstratos) a entregáveis como documentações de escopo, protótipos, layouts e a própria interface funcional (elementos concretos).
De uma forma geral, podemos notar que o UX Design não pode ser visto somente como um departamento, uma etapa do projeto ou simplesmente um recurso. O conceito deve ser visto como uma cultura a ser absorvida por toda a empresa.
Todos devem pensar em primeiro lugar na PESSOA e em como ela se sentirá ao executar determinada operação. Por exemplo, como o cliente se sentirá se for avisado antes de um possível risco no projeto que está em andamento? Qual a melhor forma de comunicar algo que é visto como negativo de uma forma positiva? Que benefícios isso pode trazer e que lições podem ser aprendidas? Ou em um determinado momento de crise, como as pessoas estão se sentindo? Elas estão capacitadas emocionalmente para olhar, para focar na solução e não na turbulência do problema em si? O que pode ser feito para reduzir o estresse e redirecionar o foco para a solução?
Da segunda edição do livro Designing for Interaction
de 2009 (Dan Saffer)
A parte mais difícil para nós da área de tecnologia, talvez seja de nos colocar no lugar do usuário. Inclusive acredito que mesmo com muito esforço, jamais conseguiremos traduzir as necessidades e sentimentos reais destas pessoas que utilizarão nossas soluções. Por isso a proximidade entre usuário e time é essencial para uma experiência bem sucedida.
Pessoas reais enxergam problemas reais (na maioria das vezes enxergam inclusive as soluções reais), e são estes os problemas que devemos ser capazes de resolver.